30 dezembro 2012

Home Made Spa

... mas com menos espuma, infelizmente...

29 dezembro 2012

Maybe I should go and live in Amsterdam, in a side street near a big canal, spend my evenings in the Van Gogh Museum, oh what a dream Van Gogh Museum...
Não me interpretem mal. Estou feliz por ter um emprego ainda que sem contrato. Só estou a dizer que é difícil.

28 dezembro 2012

A melhor de três

Amo-te assim, amo-te mesmo assim ou amo-te apesar de seres assim?
Trabalhar é difícil porque não trabalhamos sozinhos. Trabalhamos com as nossas inseguranças e o nosso cansaço e também com as inseguranças e o cansaço dos outros. E com imensos mal entendidos. Trabalhamos com o banco da véspera, o trabalho desse dia e o banco do dia seguinte. Trabalhamos com as crianças que não conseguimos tratar e com a dor dos pais dessas crianças. Trabalhamos com as expectativas e os medos de tantos outros pais. Trabalhamos sem perspectivas de ter contrato. E trabalhamos sem expectativas de amanhã ser melhor, de amanhã ser mais fácil, de amanhã haver fim-de-semana, feriado, folga ou Natal.

27 dezembro 2012

Passo os dedos pelas teclas do piano. Sinto-lhes o frio e o peso. Começo por tocar uma notas aleatoriamente e depois dou início a um dos exercícios básicos do Hanon, 'o pianista virtuoso'. Eu de virtuosa, infelizmente, tenho pouco. Os meus dedos estão trôpegos e rígidos e atropelam-se uns anos outros descompassadamente. Depois, devagarinho, vão aquecendo. Abro então o livro Anna Magdalena Bach. A minha aprendizagem nos últimos 17 anos foi nula para não dizer negativa. Ainda assim, arrisco uma das pequenas peças, a última do livro, que eu sempre toquei com tanto amor. Fico admirada por os dedos ainda saberem tocar a partitura que os olhos, destreinados, deixaram de conseguir ler. Sinto a melodia de que gostava tanto a encher a casa e fico feliz por saber que deve ser das primeiras músicas a chegar até ti. Quando mais tarde vou buscar o metrónomo (nunca fui muito dotada de ritmo), acabo por descobrir a minha antiga máquina fotográfica e ponho-me a fotografar o piano. Fico feliz por a máquina ser manual e obrigar-me a gastar tempo naquela tarefa de olhar o piano. Já é noite e, por mais que aumente o tempo de exposição e a abertura da lente, o sinal à esquerda desta continua a assinalar a luz amarela juntamente com o sinal de menos a vermelho. Mesmo assim, disparo uma vez. E depois mais outra vez. Quando mandar revelar as fotografias vou saber como ficou guardado, o primeiro momento em que soube de ti. Até lá, vou tocando a tua música.

24 dezembro 2012

Recentemente visto...

The Perks of Being a Wallflower, de Stephen Chbosky (2012). Por falar em miúdos do Harrry Potter... Apesar de não ter achado o filme fabuloso e talvez por ter ido sozinha vê-lo, envolvi-me e gostei muito.

Recentemente visto...

Anna Karenina, de Joe Wright (2012). Mais uma versão do romance de Tostoi, desta vez com uma realização diferente e deliciosa, a lembrar um palco de teatro. Dos actores, gostei especialmente do Jude Law, claro, e do Domhnall Gleeson, o miúdo ruivo do Harry Potter, que está excelente.

Recentemente visto...

Amour, de Michael Haneke (2012). Desconfortável, como seria de esperar, mas gostei. Os actores estão excelentes.

20 dezembro 2012

Se já provei as castanhas este ano? Já, por acaso já, mas que raio de pacote ASAE friendly é este?

09 dezembro 2012

Lembro-me de pensar que eu teria sido sempre eu, independentemente de como se tivessem passado os eventos antes da minha existência. Suponho que seja um sentimento comum nas crianças. Era-me totalmente alheio o facto de eu, tal como me conhecia, ser, como de resto todos nós, apenas o resultado de uma sequência incontável de incidentes totalmente improváveis. Antes de começar a namorar o meu pai e ao mesmo tempo recusar a proposta de namoro de um outro pretendente, a minha mãe percorreu 300 quilómetros de comboio do Algarve até Lisboa. Ao ver o meu pai, dissipou qualquer dúvida que ainda pudesse haver sobre o seu futuro e, abreviando a história, uns anos depois nasceu primeiro a minha irmã e depois eu. Duvido que esta viagem de comboio tenha decidido o que quer que fosse. A minha mãe, consigo adivinhá-lo, apaixonou-se tragicamente pelo meu pai no momento em que o viu pela primeira vez. Tê-lo visto pela primeira vez, isso sim, foi um acaso ou, mais uma vez, o resultado de todo um conjunto de acasos. Eu ouvia esta história e tinha a certeza que, mesmo que a minha mãe tivesse escolhido o outro pretendente, de quem eu nunca soube o nome, eu teria ficado no meu lugarzinho no céu à espera de me materializar e tê-lo-ia feito no mesmo dia, no mesmo mês e no mesmo ano que fiz tendo o pai que tenho. Teria tido os mesmos olhos, as mesmas bonecas e os mesmos professores na escola. Teria tido um pai diferente, apenas isso. Esta minha sensação de sentir a minha vida garantida independentemente de tudo o resto, estendia-se a outra encruzilhada amorosa na minha família. Aos 24 anos o meu avô ficou noivo. Pouco antes do casamento, a noiva foi consolar umas tias tuberculosas que se tinham mudado para a Serra de Monchique onde se dizia que o ar fresco fazia maravilhas ao bacilo de Koch. Infelizmente para os noivos, a única maravilha que a serra fez por eles foi separá-los. A noiva morreu e o meu avô passou a andar com uma arma no bolso, que acabou por atirar ao rio Arade meses mais tarde, decidido a sobreviver à dor, vir a conhecer a minha avó anos mais tarde e, assim, dar continuidade à história da nossa família. Eu romantizava tanto a história da noiva tísica que cheguei a achar que, se acaso tivesse havido tuberculostáticos na altura, ela ter-se-ia curado, a minha mãe teria nascido e teria tomado à mesma aquele comboio.
'I remember you well in the Chelsea Hotel. You were famous, your heart was a legend. You told me again you preferred handsome men, but for me you would make an exception'
Odeio ir a estes jantares sem ti.

05 dezembro 2012

Em vez disso, fui buscar os meus sobrinhos à escola. Levei o carro da minha irmã, que de outra forma seria impossível encaixar os três no banco de trás. Foi catastrófico. Primeiro não queriam sair da escola. As crianças não têm pressa, isso é coisa de adulto. Muito menos têm pressa para a sequência banho-jantar-dentes-história-e-cama. Nós temos especial pressa para essa sequência em particular. Após meia hora, lá me consegui arrastar com um a chorar e a cair do braço direito, outra pelo braço esquerdo, a terceira ligada pela mão à segunda, as mochilas no chão e eu a berrar para afastar os carros. No topo disto ainda a T. 'Agarra no casaco, tia, agarra no casaco!' Eu nem no casaco e mal neles. Lá os meti no carro com dois deles a chorar. Em casa ja foi mais fácil. Meu Deus. A minha irmã faz isto todos os dias.
Em dias como este, noites como esta, arrependo-me de passar tanto do meu tempo a dormir. Podia vir mais vezes a este café, ficar a olhar a praia, a ouvir o mar, ficar a ler e a observar as pessoas. Mesmo quando o tempo está triste, não devia ir logo dormir. Devia vir aqui antes. Vens comigo?

29 novembro 2012

Preparar os meus sobrinhos para a cama é a actividade mais extenuante de que tenho conhecimento.

Não tentem isto em casa

A sério que, se a papa Cerelac (desculpem a publicidade) não engordasse, comia papa todos os dias. Ao almoço e ao jantar. Com leite. E espessa.

Cirurgiões...

'Se se passa uma semana sem haver uma reanimação ou uma esternotomia de urgência, começo logo a ficar nervosa...'
A ideia que eu tenho é que passei metade das manhãs da minha adolescência a procurar as lentes de contacto da minha irmã no chão da casa-de-banho. Não é que eu me importasse especialmente, embora admito que me fizesse por vezes perder o autocarro. Mas estar a reviver este jogo, agora adulta e com a aliança do P., é demasiado para mim, sobretudo porque inclui o chão da casa toda, o do hospital e ainda a nossa rua. A sério, nao há paciência.

28 novembro 2012

Hoje foi assim...




O acordeão leva-me para aquela tarde em casa dela tão gira e feliz, ao mesmo tempo que triste, a tocar a concertina. Era de repente a Amelie lá na sala e o gato a fugir para detrás do cortinado. O Neil Hannon a cantar também a música da Amelie e a voz dele a encher a sala, o coliseu, Lisboa inteira. E de repente estou a entrar na basílica, a voz da solista a encher aquele espaço maravilhoso e o meu coração a transbordar, os olhos a transbordar. O meu pai nervoso a mandar piadas e demasiados olhos sobre nós. Ele elegante, à minha espera, com a gravata azul clara. 'Tia, qual é a tua cor preferida?' Demos o nosso primeiro abraço na primeira noite em que fomos sair, junto ao carro, uma abraço à chuva e ao frio, porque já nessa altura os nossos corações transbordavam e não podiam esperar por estar perto apertados nesse abraço. E de repente, estou a reviver a noite de sábado e vejo-os os dois a dançar felizes, os seus corações a transbordar também. E sinto-me tão feliz que os olhos se enchem de água. 'Porque é que tens de viver a vida tão intensamente?' 'Não sei. Só consigo viver a vida desta forma exagerada.' 'Do whatever is coming naturally, Cathy.' 'Se pudesses tomar um comprimido que mudasse a tua orientação sexual, tomá-lo-ias?' Estamos sentados na Estrela da Bica, um dos nossos restaurantes preferidos. Eu acho a pergunta estúpida mas para minha surpresa ele responde que sim. E, por mais óbvio que seja, só agora me apercebo da dificuldade que é ser diferente de uma maioria maioritariamente intolerante. 'Do whatever is coming naturally, Cathy.' Ele no palco, fatinho preto, camisa branca, muito elegante, muito bonito, as luzes e os violinos por detrás, a noite a estender-se até nós dois, aqui na cama, juntos. 'Just to be together is good enough for me, Cathy'

25 novembro 2012

'Um homem chegou aos quarenta anos e assumiu a tristeza de não ter um filho. Chamava-se Crisóstomo. Estava sozinho, os seus amores haviam falhado e sentia que tudo lhe faltava pela metade, como se tivesse apenas metade dos olhos, metade do peito e metade das pernas, metade da casa e dos talheres, metade dos dias, metade das palavras para se explicar às pessoas' in O filho de mil homens, Valter Hugo Mãe

24 novembro 2012

Nos meus sonhos sou frequentemente a protagonista das mais variadas aventuras, cheias de acção e mistério. Fantástico. Eu, que gosto tanta da minha vidinha pacata e monótona, pareço o 007 quando adormeço. E assim vou vivendo entusiasticamente durante a noite filmes que nunca teria a paciência para ver durante o dia.

18 novembro 2012

Vivemos num mundo tão cínico, que quando alguém é muito simpático, classificamo-lo logo de esquisito.
'Marta, como vai o seu bebé?' 'Óptimo, nove meses na minha barriga e a única palavra que diz é papá...'

13 novembro 2012

Entrevista de emprego hoje...

Só me lembro de uma vizinha minha que numa entrevista de emprego para trabalhar num banco, face à pergunta 'O que perspectiva para o seu futuro?' suspirou e disse 'Sempre sonhei em abrir uma loja de flores...'

04 novembro 2012

A grande diferença entre a Golden Gate Bridge e a Ponte 25 de Abril...

... é que a primeira leva-nos até Sausalito e a segunda até Almada... Não desfazendo...

Jet lag

Tic, tac, tic, tac...

26 outubro 2012

Ele diz 'És linda' e eu sei, eu sei que ele me está a ver com os olhos com que eu me vejo agora, agora que me conheço, agora que sei quem sou. Ele diz 'És linda' e eu sei que ele me está a ver inteira e eu, inteiramente eu, e nao com os olhos com que me via a minha mae, olhos com a distorcao normal com que as maes olham para os filhos, olhos com que se olha para um primeiro amor. Ele vê-me e ama o que vê. Eu vejo-o e amo-o. É uma experiencia totalmente nova para mim. E a maior aventura na qual ja embarquei.




28 setembro 2012

Recentemente visto...

Y Tu Mamá También, de Alfonso Cuarón (2001). Gostei muito.

24 setembro 2012

Recentemente visto...

Amores Perros, de Alejandro González Iñárritu. Ja estava há uns anos para ver este filme. Gostei muito.

18 setembro 2012

Mas nós não vamos ter esse problema!

Vai ser modesto, eu sei...

Os coros de igreja de hoje-em-dia têm o seu quê de Ondachoc, não têm?

Sofia no ginásio...

15 setembro 2012

Recentemente visto...

Oslo, de Joachim Trier (2011). Gostei muito, muito.

10 setembro 2012

Estou de luto...

A minha passadeira morreu... :(

08 setembro 2012

Amo-te, P. Mas nunca mais organizo contigo as mesas de um casamento!!

07 setembro 2012

Deve ser horrível lidar com crianças doentes, estou sempre a ouvir. A verdade é esta: depende dos dias, depende das semanas e, às vezes, depende dos meses. Há alturas em que adoro o que faço. Os miúdos têm uma capacidade fantástica para lidar com situações que qualquer adulto consideraria trágica. Para além disso, a maior parte das vezes recuperam bem e sem sequelas. A sério, parecem feitos de plástico, caem centenas de vezes ao chão mas só raramente se partem, isto no sentido figurativo, claro, que se fosse falar do ponto de vista literal acho que ia deixar meio mundo (salvo seja...) mal disposto. Mas este último mês tem sido péssimo, com doentes muito doentes e demasiadas urgências. Quero fugir dali para fora e nunca mais olhar para trás. Mas acabo por ficar, claro, nem que seja, nesta fase do campeonato, porque não sei fazer mais nada, nem tenho a iniciativa das pessoas corajosas e com personalidade para me meter noutra aventura. Acabo por ficar por preguiça, porque o carro já faz sozinho de cor o caminho até ao hospital. Nem sequer tenho contrato, mas vou. E depois no dia seguinte é melhor. Habitualmente é melhor... Espero mesmo que amanhã seja melhor...

Le ciel dans une chambre...

04 setembro 2012

Recentemente visto...


Welcome to the Dollhouse, de Todd Solondz (1995). Delicioso. Adorei!

03 setembro 2012

A mamã hoje não está

No livro O Quarto de Jack de Emma Donoghue o miúdo diz 'hoje a mama não está' referindo-se aos dias em que a mãe se autoriza a ficar deprimida e passa o dia na cama sem falar com ele. Será que há dias em que eu também não estou? Eu, que habitualmente falo uma média de 65 palavras por minuto, por vezes fico um dia inteiro sem falar, sem reagir, a olhar no infinito. Não é que me sinta particularmente triste nessas alturas, só calma, algo melancólica e ligeiramente apática. Nem sequer me tinha apercebido de que isto acontecia até agora. Virou-se para mim e disse: não gosto nada quando estás assim, pareces ausente, parece que não estás aqui e que não gostas de mim. Não quero não estar, quero estar aqui ao teu lado. Dia sim, dia sim. Para sempre. Não sei porque é que às vezes apago. Mas não é por não te amar. Nunca será por não te amar.

Esta noite foi assim em Alfama...

29 agosto 2012

Top 10 dos meus casais preferidos do cinema take II

Vale o que vale, eu sei. Mas são casais pelos quais sinto algum carinho. Numa introdução do livro The Picture of Dorian Gray (edição da Oxford University Press) o Oscar Wilde afirma The only excuse for making a useless thing is that one admires it intensely. E acrescenta All art is quite useless. Eu sou especialista em apaixonar-me por assuntos inúteis incluindo o meu pequeno mundo cinematográfico: as personagens, as imagens, os diálogos, as músicas... companhia para conseguir fazer as coisas úteis do dia-a-dia. Em pequena eu encenava pseudo peças de teatro da minha autoria, declamava poesia de João de Deus, Augusto Gil, Almeida Garrett e António Gedeão, imitava o Bryan Adams a tocar guitarra e tinha um programa de rádio que gravava em cassetes com o nome de Girassol. Não penso que esteja a exagerar quando digo que consigo resumir grande parte da minha infância e adolescência com esta última descrição. Aquando das minhas perfomances, mãe, pai e mana sentavam-se no sofá verde e batiam palmas. Eu adorava aqueles momentos de glória. Treinei a valsa de agradecimento, treinei os sorrisos. Mas a maior parte do tempo, mesmo na altura em que media metro e meio de altura, sempre fui eu a espectadora. Eu sentada no sofá verde em frente à televisão a assistir às encenações de outros. Eu sentada no sofá verde a bater palmas. E mais tarde a ir o cinema, a ler sobre os realizadores, a ver os behind the scenes. Apaixonada por qualquer mundo que não fosse o meu, ou melhor, que fosse exactamente o meu, mas que estivesse exposto de uma maneira mais bonita, mais cinematográfica. O Wim Wenders é especialista nisso. O Terrence Malick também. E o Wes Anderson, claro. Por diferentes motivos, estes dez casais entraram no meu mundo, todos com algo positivo a acrescentar à minha vida.

Top 10 dos meus casais preferidos do cinema

Casais do cinema Filme Realizador          Ano
Marion + Damiel Der Himmel Uber Berlin Wim Wenders 1987
Marianne + Johan Scener ur ett aktenskap Ingmar Bergman 1973
Elena Mendola + Salvatore Di Vita Nuovo Cinema Paradiso Giuseppe Tornatore 1988
Katherine and Alexander Joyce Viaggio in Italia Roberto Rosselinni 1954
Scarlett O'Hara + Rhett Butler Gone with the Wind Victor Fleming 1939
Susy + Sam Moonrise Kingdom Wes Anderson 2012
Sally Albright + Harry Burns When Harry Met Sally Rob Reiner 1989
Clementine Kruczynsi + Joel Barish The Eternal Sunshine of the Spotless Mind Michel Gondry 2004
Charlotte + Bob Harris Lost in Translation Sofia Coppola 2003
Newland Archer + Ellen Olenska The Age of Innocence Martin Scorsese 1993

26 agosto 2012

Venho tarde...

... mas é um assunto que me faz confusão... Aqui fica... Homecoming Queen de Bernardo Sassetti.

18 agosto 2012

No outro dia na rádio...

... um bocadinho da minha adolescência. Até chorei.

14 agosto 2012

O P. especializou-se nos vários tipos de voz do Tom Waits. Ele é talentoso e no início eu gostei muito e até o incentivei. Grande erro, claramente, porque há dois meses que não canta outra coisa. Todos os dias ouço o repertório do Tom Waits de manhã (que o P. não sofre de sono crónico nem de estupor matinal como eu) até à noite. Aqui em casa já não precisamos de aparelhagem... Só precisamos é de mudar de CD!!

05 agosto 2012

O P. está a organizar a nossa lua-de-mel...

Quem é o mais obsessivo? :)

Hoje fomos ver... os bambis... :)

... num dos pequenos grandes tesouros de Portugal: Tapada de Mafra

02 agosto 2012

Bollocks...

Trouxe uma gatinha bebé linda e brincalhona para casa e ia matando o P. de choque anafilático...

28 julho 2012

25 julho 2012

O Morrissey cancelou o concerto...

Deve ter sabido que eu estava de banco.

21 julho 2012

Recentemente visto...


Snatch, de Guy Ritchie (2000), que em português tem o nome inspirador de Snatch - Porcos e Diamantes e isso talvez explique a minha resistência em ver este filme que agora, 10 anos depois da sua estreia, vi finalmente pela primeira vez e achei hilariante. Adorei.

Again and again and again

19 julho 2012

Tu vais ser a minha tatuagem

Mais por motivos estéticos do que por qualquer outra razão, nunca fiz uma tatuagem. Mas a irreversibilidade do acto sempre me atraiu. Olho para mim e vejo que te tenho tatuado por todo o corpo. Não há um bocadinho da minha pele onde tu não tenhas já escrito. E quando ao final do dia escrever o meu nome, este irá sempre acabar no teu.

08 julho 2012

Finalmente :)



Moonrise Kingdom, o último filme de Wes Anderson (2012). Delicioso. Adorei, adorei, adorei. Como sempre :)

02 julho 2012

Ao contrário da maior parte das avós, a minha não sabe cozinhar lá muito bem. Quando se casaram, terá sido o meu avô a ensinar-lhe a estrelar um ovo. Essa é pelo menos a versão do meu avô, que ele gostava de contar amiúde sempre com uma sincera gargalhada a rematar a história. Com o tempo porém, ela especializou-se e bem em três pratos apenas: sopa de feijão, peixe assado na grelha e bacalhau no forno. Para o meu avô, que era algarvio, estes três pratos eram o suficiente para considerar a esposa a melhor cozinheira do mundo e nunca mais o meu avô lhe ensinou o que fosse na cozinha, limitando-se nesse campo a limpar a louça e a arrumá-la no armário após cada refeição. Nunca lavou a louça, porque a minha avó se enervava com o desperdício de água e detergente. O cheiro a carapaus vem do outro lado da esplanada e eu faço as contas ao tempo que passou desde a última vez que comi carapaus assados pela minha avó e penso para com os meus botões que nunca serei a melhor cozinheira do mundo, nem aos olhos do P. Se ao menos já tivesse escrito as receitas da minha avó... Talvez amanhã, quando lhe for entregar o convite de casamento, possa fazer isso. Avó, vou casar... Ensinas-me a fazer bacalhau no forno?

Recentemente vistos




The Turin Horse (A Torinói ló), de Béla Tarr com Ágnes Hranitzky (2011). O  último filme de Béla Tarr é também o seu primeiro a chegar às salas de cinema portuguesas e o primeiro dele que eu tenho o prazer de ver. Portugal, sempre um passo atrás... É visualmente lindo e emocionalmente arrebatador. Adorei.





In a better world (Haevnen), de Susanne Bier (2010). Ganhou o óscar em 2011 de melhor filme estrangeiro. Gostei muito.




Being Flynn, de Paul Weitz (2012). Já pensava que o tradutor português também não tinha gostado lá muito do filme, quando percebi que a nome tuga traduz o título do livro no qual o filme é baseado. Tem pormenores queridos e gosto dos actores mas, de forma geral, é fraco.





Entre les murs, de Laurent Cantet (2008). Vencedor da Palma de Ouro em 2008. Está tão real que quase que parece um documentário. Gostei.

16 junho 2012

Recentemente vistos...



We Need to Talk About Kevin, de Lynne Ramsay (2011). Filme ideal para mostrar à minha irmã quando ela achar que os meus sobrinhos se estão a portar mal. O filme é a-ssus-ta-dor. Gostei muito.




Cosmopolis, o filme mais recente de David Cronenberg (2012). Gostei do ambiente e das personagens, mas não adorei.




Brick, de Rian Johnson (2005). Um grupo de adolescentes que mais parecem ter todos 40 anos a viverem num mundo underground de drogas e crime. Uma espécie de film noir, com pitadas de Laranja Mecânica, mas versão teenager. Apesar de todo o ar teatral da coisa, ou talvez por isso mesmo, a verdade é que gostei muito. O miúdo que eu costumava ver no 3rd Rock From the Sun (Joseph Gordon-Levitt) cresceu e está muito bem.



Everything is Illuminated, de Liev Schreiber (2005). Primeiro filme deste realizador, que eu estava habituada a associar a filmes pouco interessantes. Mas curiosamente gostei. Gostei mesmo. Fez-me lembrar os filmes do Wes Anderson. À boleia ainda entra no filme o vocalista da banda Gogol Bordello, Eugene Hutz. Está muito giro, o filme. O realizador tem um novo filme para 2013, chamado Sydney Unplugged. Cá estaremos para o ver.








O tempo passa tão devagar quando não estás aqui...

31 maio 2012

Serial killer love


Badlands, de Terrence Malick (1973). Só o Terrence Malick para transformar um casal de serial killers no casal mais querido do mundo... Gostei muito. Claro :)



Natural Born Killers, de Oliver Stone (1994). Ligeiramente mais agressivo do que o anterior... Gostei muito.





Notre Paradis, de Gael Morel (2011). Versão gay dos anteriores. Este quase me ia matando a mim... de tédio. Não por ser parado (sou fã de filmes parados, Wim Wenders e tal), só mesmo por ser um filme assumidamente desinteressante. Mas fica bem aqui no ciclo serial killer love, já não é mau :)

30 maio 2012

A minha auto-estima colocada em gráfico tem uma curva irregular. Máxima quando estou com os copos, mínima no dia seguinte. Máxima quando o meu chefe me congratula, mínima quando berra comigo, máxima quando vejo o meu corpo nu ao longe no espelho, mínima quando de perto lhe encontro os defeitos. Máxima quando corro, máxima quando durmo bem, máxima quando os meus sobrinhos encostam a cara deles à minha e dizem Tia, gosto taaaaanto de ti!, máxima quando a cadela me vem oferecer um sapato como prenda de boas vindas. E máxima quando estou com ele. Temos todo o tempo do mundo, porque o ponteiro pára de girar naquelas duas horas antes de ir para a cama. Pára de girar e a curva fica lá em cima, em plateau, suspensa no nosso amor.

29 maio 2012

One life stand

Um dia saímos mais cedo do trabalho, vamos até à conservatória e tiramos a senha 36. À nossa frente vai estar um casal tonto, dos quais vamos troçar. Atrás de nós um casal do qual vamos ficar amigos. Saímos mais cedo do trabalho hoje, mas a senha não foi a 36, foi a 2 e à nossa frente estava um senhor a registar óbitos. Foi difícil troçar do senhor... porque estava a registar óbitos... por isso troçámos da secretária. A seguir a nós não veio ninguém. E foi assim o dia do nosso casamento. Bom, pelo menos o primeiro dia desta aventura. So far, so good! Agora é só o resto da vida :)


14 maio 2012

Em palco...



Feira do Livro de Lisboa

Uma colega de trabalho disse que nunca tinha ido à Feira do Livro, que preferia a Fnac... Não me interpretem mal, eu gosto de ir à Fnac e até de lá ficar plantada várias horas. Mas a Feira do Livro é um ritual. Vou desde pequenina, sei de cor onde fica cada editora, percorro as quatro filas para cima e para baixo sem descanso, vasculho os livros do dia e mais recentemente a Happy Hour, enfardo uma fartura, consigo um autógrafo, aproveito as noites de Verão, a vista sobre Lisboa e volto sempre todos os anos. Há melhor do que isto na Fnac?

Completando ciclos



Hunger, de Steve McQueen (2008). Gostei. Está muito forte. Uma das cenas (retratada em cima) dura 16,5 minutos e foi gravada num só take. É um diálogo fantástico. Gostei muito.

Indie Lisboa 2012


4.44 Last day on earth, de Abel Ferrara (2011). Grande erro. Para questões escatológicas prefiro claramente o Lars von Trier. A única coisa boa do filme, foi termos ido à tarde de bicicleta até à Culturgest comprar os bilhetes, pelas ruas de Lisboa e encontrando amigos. Muito cosmopolita :)



De Jueves a Domingo, primeira longa metragem de Dominga Sotomayor Castillo (2012). Por pouco não perdemos o filme por acharmos que era no domingo. Gostámos e gostámos ainda mais da realizadora que esteve presente durante a sessão e respondeu às perguntas no final. Ganhou o grande prémio de longa metragem "Cidade Lisboa". Depois do fracasso da nossa primeira escolha, sentimos que tínhamos finalmente acertado em cheio!



Whore's Glory, de Michael Glawogger (2011). Documentário. Ganhou o prémio do Público. Conheço alguns realizadores que fariam deste tema um filme bem mais interessante. Mas gostei da banda-sonora.




26 abril 2012

Noite asiática


Nobody Knows (Dare mo shiranai), de Hirokazu Koreeda (2004). O miúdo ganhou o prémio de melhor actor em Cannes em 2004 e o filme foi premiado numa série de outros festivais. Gostei muito.



Departures (Okuribito), de Yôjirô Takita (2008). Ganhou o óscar de melhor filme estrangeiro nos Estados Unidos em 2009 e acumulou vários prémios noutros festivais. Gostei muito.