29 janeiro 2011

Biutiful, de Alejandro G. Iñárritu. Comparado com este filme, os do Aronofsky parecem comédias românticas. Muito real, muito íntimo, lindo e horrível. Adorei. Mas acho que vou ficar umas noites sem dormir.

Ciclo Darren Aronofsky

Black Swan, de 2010. A personagem principal é interpretada pela Natalie Portman. Tenho um carinho especial pela Natalie Portman. É um ano mais nova do que eu e acompanhou o meu crescimento. É a miúda mais brutal, sei lá, do mundo, no Léon, The Professional (1994), de Luc Besson e voltou ainda na minha adolescência num dos meus filmes preferidos dessa altura, Beautiful Women (1996), de Ted Demme. Mais tarde apareceu no Closer (2004) de Micke Nichols e no meu querido Hotel Chevalier (2007), curta-metragem e prólogo do filme Darjeeling Limeted de Wes Anderson. Mas apesar dos papéis terem frequentemente uma conotação sexual, ela sempre apareceu como menina. Agora a princesinha cresceu e aparece como mulher, tão espectacular como como quando apareceu no Léon. O filme é pesadíssimo, como seria de esperar do Aronofsky. Vemos a história a partir da perspectiva da personagem principal e sofremos com ela o desmoronar da sua vida. Adorei.
The Wrestler, de 2008. O desmoronar da vida de um profissional de wrestling, filmado de forma também muito íntima e real. Gostei.
Requiem for a Dream, de 2000. Este filme deu-me pesadelos durante semanas. Desta vez o desmoronar de quatro vidas num mundo de drogas e outras dependências. Está filmado de uma forma muito intensa e bonita. Adorei, mas fiquei arrependida de o ter visto.

26 janeiro 2011

A partir de hoje escreverei orgulhosamente a partir daqui:
Fomos ver outra peça do Brecht, Tambores na Noite, desta vez no Dona Maria II. Infelizmente, estava tão cansada que adormeci profundamente durante a peça inteira. Quando acordei, estava a dar isto:
E eu adorei :)

24 janeiro 2011

De cada vez que alguém me pergunta se as almofadas que acabou de comprar para o sofá têm um ar confortável, eu penso nisto:

19 janeiro 2011

Sabemos que alguém é para nós quando tem no iPod uma playlist de 59 músicas intitulada Slowcore.
Pesada a casa sem ti, pesada a noite. Pesada a casa com recordações tuas, pesado o frio sem o calor dos teus braços. Pesado o álbum de Cuba sobre a cómoda do quarto e o rosnar manso de lambchop na rádio quando tu não estás. Pesado o silêncio de pormenores por dizer e gargalhadas por dar. Pesada e cheia de peso teu, cheia da tua ausência, a casa sem ti.

18 janeiro 2011

Uma conversa com uma amiga sobre um relacionamento disfuncional fez-me pensar nos anos todos em que andei com os sapatos errados. Sapatos largos, sempre a tropeçar. Atacadores desatados, demasiado compridos para dar o laço. Outras vezes andei com sapatos apertados e, às vezes, com sapatos sem sola ou com buracos. O dedo grande do pé a espreitar cá para fora e eu a perguntar porquê aquele frio nos pés. Agora comprei um chapéu de coco e ando descalça e os meus pés estão quentes. Sinto-me livre e o chapéu encaixa na perfeição. Encaixa comigo. Sinto-me sexy e audaz. Fiel ao meu chapéu que me protege da chuva e me aquece o corpo todo de prazer e de conforto. E de encanto. Anos inúteis à procura de sapatos, quando tudo o que precisava era de um chapéu.

Problemas de comunicação

Num bar, no trabalho, na rua. O que uma mulher diz a um homem (heterossexual): Olá! Tudo bem? Por aqui? Queres que te traga alguma coisa do bar/café? Olha, parece que pisaste cocó de cão... O que um homem (heterossexual) ouve da mesma mulher: Olá! Queres dormir comigo? Queres dormir comigo? Queres dormir comigo? Olha, dorme comigo...

09 janeiro 2011

Recentemente vistos...

Somewhere, filme de Sofia Coppola de 2010. Ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Os seus dois primeiros filmes, The Virgin Suicides (1999) e Lost in Translation (2003), fazem parte do meu Top 10, mas o filme Marie Antoinette (2006) já só entrou no meu Top 100 e este nem sei onde o colocar. Eu sei que nem todos os filmes têm que ser sobre suicídio nem romance para serem bons. Nem todos os filmes têm que ter acção ou diálogos fantásticos. Mas confesso que histórias sobre pessoal famoso, rico e vazio com filhas espectaculares não me comovem por aí além. É verdade que transmite bem o vazio da vida do personagem principal mas, ainda assim, do que gostei mais foi do Ferrari e avariou a meio do filme. Two Lovers, um filme James Gray de 2008. Tão palpável que dói. Gostei muito.

08 janeiro 2011

And the winner is...

Come with us now... on a journey through time and space... to the world of The Mighty Boosh :)

07 janeiro 2011

A música Nantes de Beirut foi, de uma forma humilhantemente óbvia para quem a conhece, a razão do nome do meu blog. Há muito tempo que não ouvia esta música que eu adoro. Houve uma altura que a ouvi incessantemente e de cada vez que o fazia sentia a dor dos vidros partidos. Essa dor insuportável fazia sentir-me viva e eu ouvia a música uma e outra vez. Não sabia nessa altura que é possível viver intensamente sem estar ao mesmo tempo a afogar-me numa relação conflituosa. Não sabia que podia viver a mesma dor de cada vez que me comovo com cada pormenor dele.
Beirut - Nantes

05 janeiro 2011

Nas noites em que dormimos separados acabo por me perder primeiro nos lençóis e depois em pesadelos. A cama é simplesmente demasiado grande sem ele.

03 janeiro 2011

Vá lá... estes são mais velhos do que eu...

... mas geniais não obstante isso :) Neozelandeses, comediantes, músicos e personagens principais da série Flight of the Conchords da HBO. Muito, muito bom.
Na garagem, finalmente. 75 km totalizam as viagens do dia e 59 minutos só para os últimos 10 km. Vou dar em doida. Tenho de me mudar para o campo. Para Évora, sei lá. Tenho de me lembrar de propôr isso ao P. quando chegar a casa. Mas quando chego a casa o P. já tem preparado arroz de tamboril, massagens de pés e um sorriso e eu esqueço-me de Évora. A vida é perfeita em Lisboa. Tenho
de arranjar a campainha da porta.

02 janeiro 2011

Noites lynchianas e envolventes, envolvida nos braços dele. Os dois a tentarmos descobrir finalmente quem matou Laura Palmer. Os dois no Jardim da Estrela, por entre amigos, champagne em copos de plástico e fogo de artifício sobre a basílica. Sob os nosso pés descalços 2011 começa por fim. E nada me assusta. Nem o exame, nem a morte, nem o amor.
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L'illusionniste, de 2010. Filme de animação baseado num argumento de Jacques Tati e realizado por Sylvain Chomet, o mesmo realizador de Les triplettes de Belleville. Sobre a magia dos artistas de rua, em decadência já na altura de Jacques Tati. Paralelamente, o ilusionista e personagem principal esforça-se por tornar mágica a vida de uma menina. Chorei baba e ranho... Mas, considerando que sou eu, isso também não diz muito sobre a qualidade do filme...

Laura Marling - My Manic And I

Por falar em gente obscenamente jovem e talentosa... Tem 20 anos e tinha 16 quando começou publicamente a cantar e a escrever as próprias músicas. Tal como o outro, escreve com uma maturidade muito superior à sua idade real. Ela é muito bonita e o vídeo está lindo.

The Last Shadow Puppets - My mistakes were made for you.

É ilegal pessoal tão novo fazer música tão boa, não é? É que já formou os Arctic Monkeys antes disto... e tem apenas 26 anos... Escreve como se tivesse 40. Não se percebe. Genial.