07 julho 2018

Lembro-me de os meus sobrinhos vestirem pijamas desfasados, ou misturas que a mim me pareciam estranhas, como camisas de dormir de verão por cima de pijamas quentes. Eu sempre adorei estar a condizer, idealmente de uma cor só ou, então, às riscas. Aquele visual para dormir, bonecos sobre bonecos, verão sobre inverno, não encaixava no meu sentido estético. Mas eles pareciam felizes. Tão felizes mesmo. Passado este tempo todo, compreendo os meus sobrinhos. O dia já é tão carregado de regras, de obrigações, de proibições, de pressas. Hoje em dia, à hora de dormir deixo os meus filhos darem asas à imaginação, ao conforto e ao mimo na forma do pijama escolhido por eles. Todas as combinações são possíveis. É de pijamas assim que se alimentam os sonhos.