28 abril 2013

Crescer entre irmãs

ELAS (a cantarolar): Somos princesas! Somos princesas! EU: Então e tu, és um príncipe? ELE (com ar de mau): Não! Sou o cabeleireiro!

24 abril 2013

Indie Lisboa'13

Workers, de Jose Luís Valle. Bonito. Gostei muito. Nunca mais me queixo do meu trabalho!

Quando éramos adolescentes e não paravam de chover telefonemas lá em casa para a minha irmã, mesmo assim ela conseguia convencer-me que um dia eu seria popular e teria muitos amigos e pretendentes. Esta conversa fazia parte dos temas preferidos da minha irmã e que se destinavam a reforçar a minha autoestima. Essa foi seguramente a razão para eu, até muito tarde, ter uma autoestima desmedidamente grande e em completa dissonância com a realidade. Enquanto a maioria das raparigas bonitas se olhavam ao espelho e se viam gordas ou feias, eu, mesmo que engordasse, via-me sempre magra, bonita e, claro, sem borbulhas. Outro exemplo disso foi a minha paixão arrebatadora de adolescente por um colega de escola. Apesar de não ser minimamente correspondida e de a relação nunca ter passado da brincadeira fascinante que era dar carolos um ao outro, eu acreditava profundamente no seu amor por mim. Claro está que o facto de ele ter tido várias namoradas e de eu nunca ser uma delas era apenas um pequeno pormenor a limar melhor no futuro. Pela altura em que me apercebi da realidade, minha e à minha volta, já tinha uma capa protectora suficientemente fofa para levar pancada emocional durante vários anos e, mesmo assim, sobreviver mais ou menos mentalmente sã a tempo de te conhecer e voltar a ser desmedidamente feliz.

23 abril 2013

Não me lembro exactamente quando é que passei de ser uma promessa para ser uma desilusão, mas penso que foi algures durante o internato, ou talvez imediatamente depois. Em rigor, na faculdade já não era nenhuma promessa, mas nessa altura, também não era uma desilusão. A desilusão veio mais tarde, como disse, durante o internato ou imediatamente a seguir. Não quero ser uma desilusão, mas não vejo maneira de ser diferente. Quando se trabalha entre 63 e 68 horas por semana e três fins-de-semana por mês, não há tempo nem motivação para se ser brilhante. Se em pequena, fui uma promessa, isso apenas se deveu ao facto de tudo na altura ser tão fácil para mim: perceber a matéria, ter boas notas, portar-me bem e agradar aos professores. Mas mesmo nessa altura o meu objectivo sempre foi despachar os trabalhos de casa e o estudo para os testes o mais rapidamente possível para poder dedicar o resto da tarde a ouvir discos, ler romances, declamar poesia e simular desmaios e mortes trágicas. Não mudei nada. Não fiquei mais inteligente nem mais burra. O mundo à minha volta é que se tornou muito mais exigente. E eu sem disponibilidade nenhuma em abdicar do que sempre foi verdadeiramente importante para mim. Gostava de saber onde é que os meus colegas vão buscar as suas autoestimas. Deve ser porque não têm o meu chefe...

22 abril 2013

When I walk into a room, I do not light it up. Fuck.

17 abril 2013

Para ouvir em repeat...

Quando regressámos, trouxemos connosco um bocadinho de Istambul nas histórias do Orhan Pamuk, nas fotografias do Ara Güler e no jazz do trio de Volkan Hürsever...

13 abril 2013

Recentemente visto

The Deep Blue Sea, de Terence Davies (2011). Gostei muito. É um filme bonito e intenso, não só pela Rachel Weisz, que está lindíssima e tem uma interpretação fantástica, mas também pela maneira como está filmado. Baseado numa peça de teatro de Terence Rattigan (1952).


11 abril 2013

Por aqui tem sido assim...

Oh, se a vida fosse sempre assim!...