28 julho 2010

A minha relação de amor-ódio com a corrida

Apesar de correr devagar e só meia hora, quando acabo, estou a suar em bica. Nos primeiros minutos depois de ter corrido, nunca me lembro porque é que o fiz e sinto-me de tal maneira a morrer que questiono se alguma vez o farei de novo. Por entre a minha respiração ofegante, vou bebendo uma garrafa inteira de água. Litro e meio. Vai ser uma bela noite, a ir à casa-de-banho de 5 em 5 minutos. Tenho de começar a correr de manhã. Penso em ir tomar banho, mas bebi tanta água e a uma velocidade tão grande, que sinto-me mal disposta e desisto do banho. Acabo por decidir deitar-me no meio do chão e logo se cria uma poça de água debaixo de mim. E fico ali, eu e a minha poça, deitadas à espera de nada. Mais tarde tomarei banho, porei os meus cremes, deitar-me-ei bem cheirosa no sofá a ver um filme e depois irei para a cama, com o Frank McCourt e as suas aventuras do outro lado do oceano. Sentir-me-ei a pessoa mais feliz do mundo e pensarei que ainda bem que corri e que as endorfinas são, de certeza, a melhor droga desde sempre.

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