06 setembro 2013

Sofro de ataques de riso. Não são muito frequentes, mas são memoráveis e, claro para mim, de morrer a rir! (Ainda que por vezes ligeiramente embaraçosos). Para além disso, funcionam como aquelas velas que repetidamente reacendem: nunca perdem piada. O primeiro destes ataques de riso foi o da pele de carneiro, que os meus pais e a minha irmã certamente se lembrarão. É difícil explicar porque nunca foi racionalmente engraçado, mas ainda hoje me diverte. Tinha seis anos e ri durante tanto tempo e tão descontroladamente que por pouco não me internavam... Seguiram-se mais três ataques de riso no secundário e, por fim, um na semana passada, quando o segurança da garagem involuntariamente nos partiu o cartão de entrada e propôs-se a corrigir o dano com fita-cola que tentou primeiro cortar com alicate e depois com bisturi. Quem sofre de ataques de riso sabe bem que isto é uma condição séria. Sabe bem que ter um ataque de riso não tem nada a ver com achar piada a uma situação engraçada. Sabe bem que, mesmo que esteja em causa ir para a rua, ser despedido ou ofender alguém, a pessoa que sofre de ataques de riso não vai parar de rir tão cedo. O lado bom dos ataques de riso, é que, como nunca perdem piada, são óptimos anti-depressivos de acção instantânea, por isso guardo-os com muito carinho nas minhas memórias para me poder socorrer deles sempre que é preciso.

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