29 setembro 2013
I don't see what anyone can see in anyone else... but you
You're a part time lover and a full time friend... The monkey on your back is the latest trend. I don't see what anyone can see in anyone else... but you. Du dududu dududu dudududu...
19 setembro 2013
Recentemente vistos...
Dark Horse, de Todd Solondz (2011). Gostei. Mas continuo a preferir o Happines!!
The Place Beyond the Pines, de Derek Cianfrance (2013). Não gostei. Curiosamente, do mesmo realizador gostei muito do Blue Valentine (2010), também com o Ryan Gosling e um dos primeiros filmes que vi com o P. :)
18 setembro 2013
15 setembro 2013
Uma prática comum em Portugal é classificar as pessoas em boas e más e, ainda, numa terceira categoria, que é também a minha preferida, a 'no fundo boa, mas'. Eu acho mais útil e seguro classifcar as pessoas em agradáveis e insuportáveis. O que não quer dizer que espere mais das primeiras do que das segundas. Uma pessoa insuportável não é necessariamente uma má pessoa. É só chata. Ou porque é muito rígida nos seus valores morais ou porque é desinteressante ou porque opina sobre tudo ou simplesmente porque não tem sentido de humor. Uma pessoa agradável, por sua vez, não é necessariamente uma boa pessoa nem uma pessoa melhor do que uma anterior que classificámos de insuportável, mas alguém com quem é mais fácil passar o tempo. E, infelizmente, quando trabalhamos somos obrigados a passar muito tempo com pessoas de todo o tipo, a maior parte das vezes não desenvolvendo qualquer tipo de relação profunda com ninguém. Nas pequeninas realidades que vivemos diariamente, dificilmente encontraremos alguém como o Hitler (indiscutivelmente um mau rapaz) ou como a Madre Teresa de Calcultá (aparentemente uma boa pessoa). Se calhar se trabalhássemos com eles até acharíamos que o primeiro era engraçado e a segunda uma chata, mas a História fez-nos perceber o seu lugar na classificação das pessoas boas e más. A História é sábia e paciente; também se engana e é por vezes subjectiva, reflectindo o bom e o mau segundo os valores da época, mas de forma geral pode dar-se ao luxo de atribuir juízos de valor. Nós não. As pessoas que comumente classificam os outros em bons e maus baseiam-se em informação superficial e pouco rigorosa, por isso deviam limitar-se a classificações menos arrojadas. Pará além de que, convenhamos... Nem todos nós entramos para a História. Somos demasiado normais para o fazer. E quando digo normais refiro-me a termos todos bom e mau potencial. O que me leva à classificação que eu considero mais lógica e útil para o dia-a-dia em agradáveis e insuportáveis, uma classificação tão superficial como as relações que somos forçados a manter no dia-a-dia. Os nossos amigos conhecem-nos bem, gostam das nossas qualidades e brincam com os nossos defeitos. Não se vão embora à mínima discussão. Não compram tudo o que se comenta sobre nós. Não acham que somos especialmente boas pessoas nem se consideram eles próprios um poço de virtudes. Mas gostam de nós no matter what. Todos os outros não interessam verdadeiramente.
14 setembro 2013
Ouvíamos Dire Straits no quintal do Pedrocas, de fato-de-banho e descalços, enquanto comíamos sandes em triângulos e brincávamos à mangueirada. Não tenho saudades da adolescência. Nem que me pagassem, voltava a ter 13 anos. Mas a recordação dessas tardes é tão doce, que ao ouvir o Walk of Life de surpresa no carro, os olhos se enchem de lágrimas. Na escola não era cool gostar de Dire Straits. Mas na escola não havia mangueiradas nem tardes de fato-de-banho no quintal do Pedrocas e por isso era impossível alguém na escola saber do que estava a falar quando criticava Dire Straits. O Pedrocas e a irmã eram divertidos. Ele tinha 14 e ela 10 e encenavam piadas elaboradas que contavam com pompa e circunstância, como se de um alto de um palco. Nós ríamo-nos. Agora que penso nisso, toda a família era engraçada, começando pelo avô e acabando no gato. Há cerca de dois anos encontrei o Pedrocas na praia e, por graça, fui cumprimentar a família. Ninguém me conheceu. Ninguém se lembrava de mim, nem daquelas tardes fantásticas em casa deles. Ninguém saberia dizer porque é que na escola eu defendia os Dire Straits a custo de tanto sacrifício social. Se calhar porque durante muitos anos não fui a Sofia, mas sim a irmã da Mariana. O Pedrocas deve ter pensado nisso, porque de repente ouço 'Não se lembram da Sofia? É a irmã da Mariana!' Todos: mãe, pai, avó, avô, gato... 'Claro, a Mariana, tão simpática, que é feito dela?' Está óptima, penso para comigo. E com a memória que ela tem, provavelmente não se lembra de nenhum de vocês. É verdade, a minha irmã nunca teve grande memória. Ainda hoje sou eu, a minha mãe e o meu pai que a recordamos de quem é que andou com ela onde. Por exemplo 'Nao, Mariana, a Maria Inês era da Escola Alemã e andou contigo do quinto ao sexto ano. A Joana é que era da primária e a Patrícia da Cidade Universitária'. É um fenómeno. Um mistério como é que ela confunde com tanta facilidade os três universos, vulgo escolas, onde ambas andámos. A maior parte das pessoas não se lembra da vida até aos três anos. A minha irmã não se lembra de nada até aos 18. Vendo bem, não sei se deva criticar. Ainda no outro dia ia jurar que o Winter cantava o Dock of The Bay no filme Alice in den Städten. Na verdade, a minha imaginação foi ao ponto de me lembrar do filme sempre que acontecia ouvir Otis Redding. Pior, convenci imensa gente de que assim o era. E finalmente no outro dia revejo o filme e afinal a música que o Winter canta é o Under the Boardwalk. Senti-me traída pelo próprio Wim Wenders. A propósito, o Otto Sander morreu. Lá foi mais um anjo...
Just in case...
Se um dia me der qualquer coisa má, por favor não me comecem inotrópicos. As minhas tensões são mesmo 85/35 mmHg.
07 setembro 2013
06 setembro 2013
Sofro de ataques de riso. Não são muito frequentes, mas são memoráveis e, claro para mim, de morrer a rir! (Ainda que por vezes ligeiramente embaraçosos). Para além disso, funcionam como aquelas velas que repetidamente reacendem: nunca perdem piada. O primeiro destes ataques de riso foi o da pele de carneiro, que os meus pais e a minha irmã certamente se lembrarão. É difícil explicar porque nunca foi racionalmente engraçado, mas ainda hoje me diverte. Tinha seis anos e ri durante tanto tempo e tão descontroladamente que por pouco não me internavam... Seguiram-se mais três ataques de riso no secundário e, por fim, um na semana passada, quando o segurança da garagem involuntariamente nos partiu o cartão de entrada e propôs-se a corrigir o dano com fita-cola que tentou primeiro cortar com alicate e depois com bisturi. Quem sofre de ataques de riso sabe bem que isto é uma condição séria. Sabe bem que ter um ataque de riso não tem nada a ver com achar piada a uma situação engraçada. Sabe bem que, mesmo que esteja em causa ir para a rua, ser despedido ou ofender alguém, a pessoa que sofre de ataques de riso não vai parar de rir tão cedo. O lado bom dos ataques de riso, é que, como nunca perdem piada, são óptimos anti-depressivos de acção instantânea, por isso guardo-os com muito carinho nas minhas memórias para me poder socorrer deles sempre que é preciso.
Em 2001 passei três dias em Amesterdão de mala de 20 quilos às costas e a dormir com uma família de pequenos roedores numa pensão chamada Kabul. Passaram 12 anos desde essa viagem e entretanto esqueci as razões que me levaram a embarcar em tão desconfortável aventura. Sem querer, envelheci. Não fiquei velhinha, mas envelheci. Coincidentemente, o P. tinha tido uma experiência semelhante, também durante um interrail nos tempos da faculdade. Este fim-de-semana Amesterdão afigurou-se-nos bem mais limpo e confortável, como uma nova cidade ainda por nós desconhecida. E soube muito, muito bem.
05 setembro 2013
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