05 janeiro 2012

Lembro-me do sorriso com que entrou no hospital e também dos olhos azuis. Lembro-me dos risos felizes em resposta às esperanças que dei. E até me lembro das conversas banais do dia-a-dia. Fiquei a saber o que fazia e de que comida gostava. Agora para sempre vou lembrar-me dela debaixo das minhas mãos, eu bombeando o sangue por ela e uma linha baça em cada olho a subir na horizontal, dividindo a vida da morte. E vence a morte.

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