29 julho 2022

Numa cena no filme Columbus (Kogonada, 2017), a Casey fala sobre um edifício. A arquitectura tornou-se, recentemente, uma grande paixão de Casey. O Jin não parece interessado e interrompe-a, acenando lentamente a mão à frente dela.


Casey: Sorry, what?

Jin: What are you doing? Who are you?

Casey: What?

Jin: Who are you?


Riem-se os dois.


Casey: God, shut up. I’m just trying to tell you about this building.

Jin: Ok, stop with the tour guide mode for a second.

Casey: I’m not in a mode.

Jin: You said this is one of your favourite buildings.

Casey: It is.

Jin: Why?

Casey: It’s one of the first modernists banks in the United States.

Jin: Not. It can’t be it.

Jin: Do you like this building intellectually, because of all the facts?

Casey: No. I’m also moved by it.

Jin: Yes. Yes. Tell me about that. What moves you? 

Casey: Thought you hated architecture.

Jin: Hum. I do. But I’m interested in what moves you, particularly about a building.


Segue-se uma cena maravilhosa, durante o qual a Casey, em silêncio para o espectador, parece, pela primeira vez, pensar e expor os motivos que a levam a gostar tanto daquele edifício e, ao fazê-lo, também ela se comove. E nós também, mesmo nem tendo ouvido a explicação. Ela chegar a esse ponto de sinceridade com ela própria é, por si, comovente. Muito comovente.

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