23 fevereiro 2014
21 de Dezembro de 2013
Quando falam da felicidade e benção que é estar grávida, devem estar a referir-se a dias como este. Quando se passa um mês de cama, ganha-se medo ao sonho. Durante anos vi doentes a quem diagnostiquei problemas graves e depois mandei para casa para reavaliar dali a um mês. Pensei muito neles enquanto estive deitada. Um mês para mim como médica nunca demorou mais do que um dia a passar. Mas como doente durou uma eternidade. Não foram as horas a olhar para o tecto e para as paredes. Nem tão pouco a solidão e a dependência. Teria suportado tudo isso bem, se não fosse o medo de o perder e a memória recente desse sentimento horrível de sonho desfeito ainda tão presente em mim. Depois chegou um dia em que estava tudo bem. E num abrir e fechar de olhos, porque o tempo agora acelerou outra vez, ele começou a crescer e a fazer-se sentir e surgiram dias como este.
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