Tudo começou quando o irmão do P. nos ofereceu cerca de 20 quilos de lenha que nós aceitámos felizes e sem hesitar como se se tratassem de 20 quilos de barras de ouro. Isto foi antes do P. trocar de carro e por isso a lenha encheu toda a bagageira mais um dos bancos da frente do Smart, deixando apenas um pequeno espaço para o condutor. O condutor tive de ser eu, claro, porque pequeno e P. são conceitos que não se coadunam um com o outro. Depois de ter ocupado o Smart, os 20 quilos de lenha passaram para dentro de um carrinho de supermercado que ficou, cheio até ao tecto, à porta de casa. A situação era suposto ser temporária, mas a cave é demasiado húmida para guardar a lenha e em Lisboa tem estado um calor de morrer, perfeitamente inadequado para o acender de lareiras. No entanto, como é esteticamente ridículo ter um carrinho de supermercado à porta de casa, decidimos apesar de tudo acender a lareira. Passámos a noite de t-shirt e janelas abertas, tal era o calor, admirando a nossa linda lareira que já não usávamos desde o Inverno anterior. No dia seguinte, apareceu uma nota no elevador dos nossos vizinhos de cima, pedindo para não voltar a usar as lareiras por causa de um problema do condomínio. Conclusão: carrinho de supermercado cheio de lenha é para conservar à porta de casa até ao próximo Inverno.
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