Le scaphandre et le papillon, de Julian Schnabel (2007), vencedor do prémio de melhor realizador em Cannes nesse ano. Andava a evitar ver este filme, pela mesma razão que evito ver filmes sobre aborto, crianças com cancro ou o anticristo. Porque me deprimem, só isso. Mas acabei por ver, não porque me tivesse decidido a fazê-lo, mas antes porque ele veio ter comigo num dos canais de televisão. Do mesmo realizador já tinha visto o Before Night Falls (2000) sobre o escritor cubano Reinaldo Arenas, que gostei muito. O próprio Julian Schnabel era artista (pintor e escultor) antes de se ter tornado realizador, o que pode explicar a sensibilidade visual dos seus filmes e a escolha dos temas (invariavelmente sobre outros artistas). Adorei tudo neste filme, não só a história mas sobretudo a maneira como está contado e filmado. Vivi o filme com tal intensidade que suspeito que me vou lembrar dele durante muitos anos. De admirar é também o facto de o realizador, americano, ter aprendido francês e realizado o filme todo em francês, com actores franceses e em França para se aproximar mais da história real. Fica por ver o documentário sobre o Lou Reed - Berlin (2007).
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