Arrasto repetidamente as minhas histórias e as dos outros para um público que não conheço e cujas caras e nomes não retenho. Arrasto as minhas histórias e aproprio-me das dos outros again e again, mesmo depois de dizer que vou ser diferente. Nunca fico diferente. Falo sempre demais.
Gostava de ver um lado positivo nisto. Como as pessoas que, com uma ponta de orgulho, dizem que sempre tiveram o defeito de ser teimosas. Mas não há orgulho possível em falar demais, ser incontinente nas palavras, nas histórias, nas piadas... Exponho tudo e todos como se estivesse num estúpido palco. Só para ter piada. Só para passar o tempo. Só para fazer desta vida trágica um romance cómico mal engendrado. É tão superficial quanto isso. E eu que nem nunca gostei de palhaços...
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